Porta de articulado do BRT fere cinco e passageiros culpam o motorista por colidir com mureta
Informação é diferente da relatada pela concessionária
Na manhã dessa quinta-feira (22), a MOBI-Rio informou que um articulado da linha 53A (Sulacap x Alvorada) foi vandalizado por volta das 7:30h e que, segundo relatos de passageiros e do motorista, quando o veículo passava pela Estação Boiúna, na Taquara, teria sido atingido por uma pedra que quebrou o vidro, machucando alguns usuários. Mas a história relatada pelas vítimas não foi essa. Bruno Ferreira, 30 anos, teve fratura na perna e passou por cirurgia, porque a porta o atingiu após ser arremessada para dentro do BRT e, segundo relatos de duas vítimas, o motivo foi que articulado colidiu com a mureta.
Leandro Santana, 28 anos, teve uma luxação no tornozelo e no braço esquerdos, ferimentos no braço e corpo por causa dos estilhaços do vidro. Ele afirmou que o motorista colidiu a porta diversas vezes antes do acidente.
"Não foi nada de depredação. A última porta do BRT não fechou totalmente, ficou inclinada para fora e ainda tentamos puxar ela para dentro, mas não conseguimos. O motorista esbarrou com essa porta já na saída do terminal. Ele seguiu viagem mesmo assim e o BRT nem estava tão cheio. Quando o BRT entrou o túnel, mais uma vez a porta esbarrou na mureta do lado de fora, mas seguiu viagem. Depois da estação Boiúna a porta bateu em alguma coisa, num poste e foi jogada para dentro, machucando a gente".
Outra vítima foi Aline Carla, 37 anos, que teve um trauma na mão. Ela relatou o mesmo que Leandro e reforçou a teoria que o BRT colidiu com a mureta.
"A notícia do BRT apedrejado não é verídica. Próximo ao Outeiro Santo ele (o BRT) bateu novamente na mureta, na verdade o final do ônibus bateu".
Os cinco feridos foram levados pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra e quatro foram liberados após atendimento. O único internado é Bruno Ferreira que devido a colisão da porta, "teve uma fratura e ruptura na canela", segundo relato de Leandro, que contesta a informação do vandalismo como causa do acidente.
"Só a gente que estava perto da porta sabe o que aconteceu de verdade e não teve nada de vandalismo. As duas portas ficaram totalmente empenadas e para empenar as duas portas teria que ser uma pedra enorme. Mas onde está a pedra?".
Outros dois feridos liberados após atendimento no hospital foram identificados apenas como Flávio e Bruno, e não foram encontrados. Todos os cinco montaram um grupo de whatsapp e estão avaliando a possibilidade registrarem a ocorrência na delegacia da Taquara e acionarem judicialmente a MOBI-Rio.
A MOBI-Rio foi contactada mas não respondeu nossos questionamento. O espaço segue aberto para manifestações.
Confiram vídeos enviados pelas vítimas:
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