Grupo de moradores se mobilizam para fechar outras ruas no loteamento do Jardim Sulacap

Rua Euzébio de Almeida, que no projeto voltará a ser fechada

Buscando mais segurança e atrapalhar a fuga de bandidos que assaltam na região, um grupo de moradores da parte conhecida como loteamento do Jardim Sulacap, estão se mobilizando há meses para tentar fechar mais ruas, já que quase todos acessos a Avenida Alberico Diniz já são fechados com grades. Segundo a proposta que está sendo debatida em algumas reuniões, a intenção é fechar com portão a Rua Euzébio de Almeida na altura da Rua Eduardo Mendes Gonçalvez, Rua Alagoinha com Estrada Japoré e Rua Comendador Portela com Avenida Alberico Diniz, para atrapalhar e restringir a fuga de bandidos. As únicas ruas abertas não teriam cancela, nem porteiro. O movimento reforça que não tem apoio de nenhum político/partidário, imprensa local, associação de moradores e nem de agentes de segurança pública.

A Associação de Moradores de Sulacap confirmou que não foi chamada para participar dessa mobilização. Esse não é um movimento novo no loteamento. Em abril de 2017, mais de 150 moradores se mobilizaram (foto) e fecharam a Rua Euzébio de Almeida, mas moradores contra o fechamento destruíram o cadeado e reabriram o portão, que permanece aberto até hoje.

Pelo projeto, a Rua Comendador Portela poderá ser fechada, mas o proprietário da Vila Italiana, que fica na esquina da rua, informou que solicitou apenas que a calçada do estabelecimento comercial não fosse fechada. Já nas únicas que ficariam abertas, existem estabelecimentos comerciais que usam parte da rua como estacionamento, o que deixaria apenas uma faixa para veículos trafegarem em ambos sentidos. Na esquina da Rua Inhacorá tem o restaurante Steak Truck e o proprietário informou que não foi consultado sobre o projeto, que muitos moradores estacionam na via e que seria impossível o uso em mão dupla.

Rua Comendador Portela com Av. Alberico Diniz que também seria fechada.

Moradores reclamam da falta de policiamento e abordagem a motociclistas, principal veículo usado por bandidos para atuar na região. Com o fechamento de algumas ruas e apenas havendo dois acessos ao loteamento, o grupo entende que o trabalho da PM seria facilitado e a atuação dos bandidos, prejudicada.

Nossa reportagem questionou a Cet-Rio sobre uma possível autorização para o fechamento de mais ruas no loteamento e a resposta é que não haveria liberação, pois existe um Ciep na região. No entanto, a grande maioria das ruas ainda tem portões, que não obtiveram nenhuma autorização municipal (exceto a Rua Leopoldo Gotuzzo) e permanecem fechadas há décadas.

Rua Alagoinha com Estrada Japoré, que também seria fechada

No início desse mês, uma nova gestão tomou posse na Associação de Moradores de Sulacap (AMISUL) e a atual presidente, Renata Almeida, ressaltou que não houve ainda uma conversa mais detalhada do grupo de moradores do loteamento sobre intenção de fechar algumas ruas. Ainda assim, a AMISUL busca outras iniciativas para ajudar a melhorar a segurança no bairro e está tentando agendar uma nova reunião com o comando do 14º BPM no Centro Comunitário Jardim Sulacap com a presença de moradores.

Segue fotos das únicas ruas que teria acesso ao loteamento:

Rua Inhacorá com Estrada Japoré seria um acesso ao loteamento

Rua Bárbara Heliodora com Rua Eduardo Mendes Gonçalvez seria outro acesso

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