Fluminense 2 x 1 Boca Juniors: a América é verde, branco e grená
- Alexandre Madruga
- 5 de nov. de 2023
- 4 min de leitura

A espera de toda uma vida, acabou. Dia 04/11/2023, o dia mais feliz da vida de todos os torcedores do Fluminense. Durante toda uma vida, os Tricolores sonharam com esse dia e há 15 anos atrás, a Libertadores se tornou uma obsessão nas Laranjeiras.
Em 2008, o Flu chegou na sua primeira final de Libertadores, depois de eliminar o fortíssimo São Paulo nas quartas de final e o temido Boca Juniors na semifinal, o Fluminense chegara a grande final contra os equatorianos da LDU, mas para quem já tinha eliminado de forma épica dois grandes times, a tendência era que o Tricolor fosse campeão contra a LDU.

A derrota nos pênaltis em 2008, foi como um punhal no coração do torcedor Tricolor, doído, decisão por pênaltis. O sofrimento foi muito grande também porque claramente o Fluminense era muito superior, mesmo assim, não conseguiu sair com o título, coisas do futebol. Desde então o Flu disputou várias Libertadores, chegando em quartas de finais, semifinais de novo, mas nunca tinha voltado a decidir.
Chegamos a 2023, com o formato de final única na competição, a Conmebol escolheu o Maracanã como sede da grande decisão da Libertadores, quis o destino que no mesmo lugar do trauma de 2008, acontecesse o melhor dia da vida de todos os Tricolores. O Fluminense, no início da competição, nunca foi cotado entre os favoritos e por ter caído em um grupo forte, muitos já acreditaram que o Flu cairia na fase de grupos.

Vem a fase de grupos com desconfiança, grupo difícil, vitórias emblemáticas, como o 5x1 no River Plate no Maracanã e ao contrário do que muitos imaginaram, o Fluminense passou em primeiro lugar no grupo, obtendo a vantagem de decidir em casa as oitavas de final da competição.
Nas oitavas, vem o chato time do Argentinos Juniors. Primeiro jogo em Buenos Aires, muito difícil e quando o Tricolor perdia por 1x0, Samuel Xavier empatou o jogo e trouxe para o Maracanã um bom empate. No Maraca, outro jogo difícil, quando o jogo se encaminhava para os pênaltis, o lateral Samuel Xavier de novo marcou e desafogou os Tricolores no Maraca; Já no finzinho, John Kennedy fechou o caixão e selou a classificação do Tricolor.
Nas quartas, quando todo mundo esperava um Fla-Flu, vem o tricampeão da Libertadores, o Olímpia, time da camisa pesada, mas bem inferior ao Flu, com isso não deu outra e o Tricolor passou o carro, 2x0 no jogo de ida no Maracanã e outra vitória, só que dessa vez por 3x1 no jogo de volta. Com facilidade, o Flu estava de volta as semifinais da Libertadores da América.
Agora, as semifinais, 2 jogos para voltar a grande decisão e completar o sonho. O adversário? O forte time do Internacional. Primeiro jogo no Maracanã e muito difícil, Flu com um a menos desde o primeiro tempo, leva a virada e quando tudo parecia perdido, Germán Cano empata já no fim da partida, o empate em 2x2, pelas circunstâncias do jogo foi muito bom e a decisão ficaria para o Beira-Rio, sem vantagem para nenhum dos dois times.
Na volta, o Inter sai na frente logo no início e com isso, o Flu passou eliminado praticamente o jogo todo. No segundo tempo, o Internacional teve diversas chances de matar o jogo e se classificar, porém não conseguiu fazer o gol. Parecia que estava escrito para o Flu, já na reta final do jogo, John Kennedy empata e aos 45 do segundo tempo, German Cano vira. Uma virada épica, histórica e de campeão.
Chegamos ao 04/11/2023, o dia de exorcizar todos os fantasmas e finalmente pintar a América de verde, branco e grená. O mesmo Maracanã de 15 anos atrás e contra um adversário conhecido. O Boca Juniors. Longe de ser aquele timaço argentino de 2008, o Boca de hoje é muito mais místico e camisa do que qualidade, mas sempre devemos respeitar.
O primeiro tempo do jogo foi como esperamos, Flu muito superior e sufocando os argentinos. Já na reta final da primeira etapa, German Cano, abriu o placar para o Tricolor e explodiu o Maracanã. 1x0, primeiro tempo, Flu mais perto do título.
Vem o segundo tempo e o Boca cresce no jogo, como um bom argentino, tira forças de onde não parece ter empata a partida, com o resultado de 1x1, fomos para a prorrogação, mesmo cenário de 2008 diante da LDU, o torcedor Tricolor só rezava para o final ser diferente.
E foi, o iluminado John Kennedy, que estava emprestado a Ferroviária de São Paulo no início do ano, entrou e decidiu, predestinado a fazer história, prorrogação, fim do primeiro tempo e o moleque faz um lindo gol. O maior gol de sua carreira, o maior gol da história do Flu. Chegou o dia, Tricolores. Os traumas se foram e finalmente o Fluminense conquista a América.
Imagens: Twitter Oficial do Fluminense
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