Devemos ficar atentos na dor em que a criança relata, principalmente quando a dor persiste. É difícil algumas vezes entender e saber o que de fato está acontecendo, principalmente quando a criança ainda não sabe relatar o que se passa com o próprio corpo.

Quando a dor é no quadril podemos estar diante de uma doença infantil chamada de Legg Perthes, ela é degenerativa e acomete a cabeça do fêmur devido a necrose, acometendo mais as crianças entre 3 e 12 anos de idade.

As causas ainda não estão elucidadas, mas se sabe que há uma interrupção de sangue na extremidade proximal do fêmur. Acredita-se que possa estar ligada a traumas, inflamações, alterações metabólicas e fator genético.

O diagnóstico se dá através do quadro clínico, a dor e a limitação do movimento estão presentes, normalmente atinge apenas um quadril. A dor tem início gradual acontecendo uma piora após a caminhada. A confirmação vem através da radiografia, apresentando muitas das vezes fraturas, destruição ou fragmentação da cabeça do fêmur.

Existem alguns tratamentos paliativos realizados e acompanhados por ortopedistas no caso da Legg Perthes, como o uso analgésicos, anti-inflamatórios e calmantes, estas crianças deverão ser acompanhados até a vida adulta. O repouso e a imobilização poderão ajudar caso exista uma dor intensa. O médico poderá indicar a cirurgia caso não haja uma melhora do quadro, através do realinhamento cirúrgico.

Preste bastante atenção caso a criança comece a andar mancando, reclamando de dor e com a mão na virilha!

Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates, Pós-graduado em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais.

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