FISIOnews | Dor na região lateral do quadril relacionada a bursite trocantérica
O quadril possui bursas na região trocantérica, parte mais lateral e proeminente do quadril. Essas bursas ou bolsas sinoviais estão entre os tendões e a proeminência óssea, diminuindo o atrito entre as estruturas, facilita o deslizamento e diminui o impacto sobre o quadril, elas estão repletas de líquidos, quando inflamadas recebem o nome de bursite trocantérica.
A principal característica é a dor na região lateral do quadril, que aparece após a pessoa ficar em pé por longo período, atividade intensa ou até mesmo ficar deitado com o lado afetado para baixo. Algumas vezes é percebido também um inchaço visível.
Quais as causas da bursite trocantérica?
- Microtraumas por esforço repetitivo no trabalho;
- Prática de exercício incorretamente;
- Encurtamento muscular;
- Fraqueza muscular;
- Obesidade;
- Infecção;
- Quadril desnivelado ou rodado;
- Diferença entre os membros inferiores;
- Trauma direto na região.
Procure evitar preventivamente esses mecanismos de lesão, pois futuramente poderá ter esse diagnóstico. Quem já tem a bursite trocantérica, deve evitar do mesmo jeito, pois esses mecanismos são as principais maneiras de sobrecarregar o quadril.
Busque sempre a orientação de um profissional para realizar exercícios de maneira correta, principalmente atividade que requer a utilização do quadril, como exemplo disso temos a bicicleta, o altura do banco não pode deixar os joelhos ultrapassarem a altura do quadril. O mesmo acontece no ambiente de trabalho, as cadeiras não podem ser baixas, o ângulo do joelho sentado não deve ultrapassar 90º.
No caso da obesidade é sempre importante levar uma vida saudável, além de evitar uma série de doenças cardiovasculares, diminui a chance de doenças articulares, assim como doenças do quadril.
O encurtamento muscular do tensor da fáscia lata aumenta o atrito entre o tendão e a proeminência óssea, ou seja, na bursa trocantérica, tendo como consequência a bursite.
Quando a bursite for séptica (infecção), condição muito rara, o médico deverá pedir exames laboratoriais caso haja essa possibilidade, para que de imediato inicie um tratamento medicamentoso, através da terapia com antibiótico.
Algumas mulheres possuem os quadris rodados externamente, devido a uma grande tensão muscular do glúteo máximo que tem uma grande influência neste posicionamento do quadril, alterando a biomecânica articular. O alongamento desse músculo poderá ser um diferencial no tratamento.
Na avaliação podemos notar se o paciente tem uma crista ilíaca mais alta que a outra, sendo uma característica de quem tem uma diferença de membros inferiores, caso exista uma dúvida ainda, é possível a realização de uma escanometria, funcionando como um raio x com a presença de uma régua medindo ambos os membros. Se constatar uma diferença maior que 2 cm, o uso da palmilha será importante.
Quando acontece um trauma direto no quadril é importante realizar o raio x para se pesquisar alguma fratura. O trauma pode inflamar a bursa trocantérica, e o gelo no local vai ajudar bastante a controlar a dor, inflamação e o edema.
Caso sinta dor na lateral do quadril, procure um fisioterapeuta para melhor identificar e tratar o problema o mais rápido possível, antes que se torne crônico. O histórico do problema relatado pelo paciente também ajudará na decisão do protocolo que será realizado.
Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates, Pós-graduado em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais.
Contato: 99550-9212 ( whatsapp )
Email: leandrorjfisio@hotmail.com
Blog do Facebook: Fisiot. Leandro Borges