É um direito garantido por lei, o ingresso de uma criança autista na escola regular.

O autismoou Transtorno do Espectro Autista (como foi tecnicamente denominado pelo DMS-5, o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais), é um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamento restrito e repetitivo. A inclusão escolar, independente da deficiência ou dos transtornos funcionais, não é apenas a efetivaçãoda matrícula, vai muito além disso. Incluir é aceitar, amar, acolher e ter um olhar diferenciado para cada criança e seu aprendizado. Outro aspecto importante é que as escolas não podem exigir laudo médico como condição de matrícula.

Como diz Maria Teresa Mantoan, “não é a criança que se adapta à escola, mas a escola que para recebê-la deve se transformar”.

No caso do autismo, tema em questão, independente do grau, é necessário que a escola faça um PEI (Plano Educacional Individualizado) para esse aluno, observe a necessidade de adaptação curricular e até mesmo de uma mediação. Mediação esta que é obrigação da escola e não da família. O PEI é entregue à família no início de cada bimestre e ao fim dos mesmos a escola entrega o relatório dos objetivos que foram ou não, alcançados. O PEI propõe planejar e acompanhar o desenvolvimento do aluno, facilitando o trabalho do professor e a orientação para a família.

O olhar da escola para esse aluno faz toda diferença no seu desenvolvimento, seja ele emocional ou cognitivo. A metodologia também faz muita diferença para o melhor aprendizado dessa criança e para a melhor absorção dos conteúdos apresentados.

Em alguns casos, o autismo é hereditário e sua causa inclui predisposição genética e fatores ambientais.

Renata Cyríaco é Professora, Fisioterapeuta, Gestora Escolar, Especializada em Educação Especial e Inclusiva, Coach Infantil e pós-graduanda em Psicopedagogia Institucional e Clínica.

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