FISIOnews | Capsulite adesiva na articulação do ombro
A capsulite adesiva, conhecida popularmente como ombro congelado, é caracterizada por dor ao movimento no ombro, bloqueando os movimentos da articulação, levando a uma incapacidade funcional, devido a inflamação e espessamento da cápsula, que é uma membrana que envolve a articulação.
Normalmente, o paciente não relata história de trauma, aparece espontaneamente, da mesma maneira, poderá ter a cura 1 a 2 anos após seu início, mesmo não tratando.
A dor se torna intensa, principalmente na parte da noite, ao se deitar para dormir, fazendo com que algumas pessoas, passem a noite em claro, pelo simples fato da dor não diminuir.
A causa ainda é desconhecida, porém existem fatores determinantes:
- Doenças já existentes ( tendinopatia, bursite e cervicobraquialgia), fazendo com que a pessoa se proteja da dor, inibindo o movimento; - Genética; - Diabetes Mellitus; - Doenças da tireóide; - Acidente vascular cerebral; - Imobilizações prolongadas (gesso ou tipóia); - Outros.
O diagnóstico é dado através da história clínica e do exame físico do ombro durante a avaliação. Na fase inicial, como a dor está presente em praticamente todos os movimentos do ombro, muitas das vezes o diagnóstico pode ser confundido. Dependendo da fase da capsulite adesiva, não será possível o diagnóstico através de exames complementares, nem mesmo pela Ressonância Magnética, mas é importante para descartar outras doenças, porém na radiografia simples, poderá apresentar um quadro de osteopenia (perda de massa óssea).
A capsulite adesiva, possui 3 fases, são elas: - Fase inflamatória- É nessa fase que se inicia o problema, com um quadro de dor leve, que em poucas semanas, se torna intensa. O movimento do ombro ainda pode estar normal, mas doloroso. - Fase de congelamento- Fase em que a dor diminui, mas em compensação existe a limitação progressiva dos movimentos. O paciente vai relatar dificuldade em pegar objetos no alto. - Fase de descongelamento- O movimento do ombro melhora progressivamente, até chegar a solucionar o problema.
Em casa, o fisioterapeuta poderá orientar o uso de gelo na fase inflamatória, para diminuir a dor. Já na fase de congelamento, o uso de calor superficial, é melhor recebido, pois aumenta a vascularização e distensibilidade dos tecidos, além de ser analgésico.
O objetivo do fisioterapeuta é acelerar a recuperação, diminuindo a dor no primeiro momento, para depois restaurar os movimentos do ombro, respeitando sempre os limites do paciente, dando função e restabelecendo a sua mobilidade.
Quando o quadro persiste por mais de 1 ano, sem melhora dos sintomas, mesmo com a fisioterapia, anti-inflamatório e analgésicos, a cirurgia via artroscópica poderá ser realizada, sendo minimamente invasiva, com o paciente tendo ganho de movimento imediato. Mesmo assim, a fisioterapia terá que ser realizada após a cirurgia, evitando que cicatrize de maneira "contraída".
A capsulite adesiva, exige muita paciência, pois a melhora pode ser lenta, mas jamais abandone o tratamento. Seja persistente e presente na fisioterapia!
Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates, Pós-graduado em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais.
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