FISIOnews | O que é a síndrome da pedrada?
Um simples passo para atravessar a rua, e pronto, já é o suficiente para desencadear a síndrome da pedrada, assim é conhecida, caracterizada por uma dor súbita na musculatura, ocorrida por um estiramento da fibras musculares, parcial ou completo, com rompimento dos vasos sanguíneos.
As maiores incidências ficam por conta da panturrilha (grupo muscular posterior da perna), popularmente conhecida como "batata da perna", mas também os isquiotibiais (grupo muscular na parte posterior da coxa). Eles tem algo em comum, pois são biarticulares (atravessam duas articulações).
A sensação, é como se uma pedra acertasse em cheio sua musculatura, que de imediato a reação da pessoa é levar a mão ao local, devido a dor. A dor pode variar de acordo com a extensão da lesão. Em alguns casos é possível ouvir um estalido no momento da lesão.
Caso a pessoa insista em continuar apoiando o peso do corpo em cima da perna lesionada, corre-se o risco de aumentar a lesão e consequentemente a dor. Pode- se notar uma equimose ou hematoma no local.
O diagnóstico pode ser dado através dos sinais e sintomas, mas a precisão da extensão poderá ser dada com a ultrassonografia.
A gravidade da lesão será de acordo com o grau :
Grau 1: A lesão muscular é menor que 5% do músculo. A média da recuperação é de 10 dias a 15 dias;
grau 2: A lesão muscular é maior que 5% e menor que 50% do músculo. A média de recuperação é de 4 a 6 semanas;
Grau 3: A lesão muscular é maior que 50%, existindo a perda da função muscular, pode deixar sequelas. A média de recuperação é de 8 a 12 semanas. Nesse caso, poderá haver a necessidade de cirurgia, para juntar as duas pontas musculares.
A melhor conduta, a se fazer após a lesão, é o repouso e tratamento com gelo nas primeiras 48h, para controlar a lesão, depois disso, pode- se colocar bolsa de água quente. Os alongamentos podem ser realizados, assim que a dor diminuir, direcionando as fibras musculares.
O prognóstico na verdade, vai depender da extensão da lesão e como será tratamento logo após a lesão, e no decorrer da reabilitação. Quanto mais rápido iniciar o tratamento, melhor será a resposta.
Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates, Pós-graduado emTraumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais.
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