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Rosana Carvalho

Um pedaço do paraíso em Jacarepaguá


Parte do Parque Estadual da Pedra Branca pode ser visitado na Taquara

No total são mais de 12 mil hectares de Mata Atlântica preservada pelo Estado. Nesse pedacinho do paraíso, ao final da Estrada do Pau da Fome em Jacarepaguá, é possível ter contato direto com a natureza e ainda se refrescar em algumas de suas quedas de água cristalinas. Nem parece que estamos a menos de oito quilômetros do centro comercial.

O parque se torna uma ótima opção para quem quer se refrescar em dias de calor sem precisar enfrentar o trânsito até a praia. Fica aberto ao público de terça à domingo das 8 ás 17 horas. Para chegar até as fontes de água pura, basta fazer uma pequena trilha de 5 minutos em terreno plano.

Sob proteção do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) o visitante ainda encontra dentro de suas dependências, banheiros, vestiários públicos e um centro de visitação. Para a estudante Maria Cordeiro, 29 anos, o parque é mais uma opção de lazer para a comunidade. “Gosto sempre de vir aqui, para ter contato com a natureza, me refrescar e até mesmo bater papo com amigos sentada nas pedras da cachoeira.”

O parque é encoberto por vegetação típica da Mata Atlântica como cedros, jacarandás, jequitibás e ipês, a qual serve de abrigo a uma generosa fauna, composta por jaguatiricas, preguiças-de-coleira, tamanduás-mirins, pacas, tatus, tucanos e cutias. Além do variado patrimônio natural, dispõe de algumas construções de interesse cultural, como um antigo aquedutos. Nas cercanias do Núcleo Pau da Fome encontra-se o Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, mas que atualmente se encontra fechado ao público para reforma.

Além de lazer o parque ainda é responsável por trazer para a população parte do abastecimento de água. A Cedae construiu um reservatório de água para consumo da população local.

Para o INEA (Instituto Estadual do Meio Ambiente) a criação do parque desde 1974 serve para preservar este remanescente florestal localizado em ponto estratégico do Rio de Janeiro, uma área de núcleo da biodiversidade da Mata Atlântica; preservar mananciais hídricos ameaçados pela expansão urbana; proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica no seu interior; proteger e revitalizar construções históricas, ruínas e sítios arqueológicos; proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica e monitoramento; promover aos visitantes oportunidades de recreação ao ar livre e valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica, com o aproveitamento dos serviços ambientais que o parque disponibiliza.

O Sulacap News entrou em contato com o Sr. Inácio que faz parte da Comissão Nacional da Pastoral do Meio Ambiente para conhecer um pouco da estória do parque. Há cerca de 15 anos o projeto de criação do parque recebeu uma verba do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara e seus rios adjacentes. Desde então o IEF (Instituto Estadual da Floresta) junto com o governo do Estado na primeira gestão do então governador Sérgio Cabral e com financiamento da Petrobrás deu início na criação dos núcleos de conservação, manutenção e reflorestamento de todo o parque. Porém, para Inácio o sucesso do projeto seria mais viável com a participação da comunidade "para existir um vínculo harmonioso entre o projeto e a comunidade precisa gerar um círculo virtuoso de geração de trabalho entre os moradores da região. Desta forma a conservação dos parques e o agregamento de sua manutenção nesses locais seriam muito mais eficientes."

Parque Estadual da Pedra Branca fica na Estrada do Pau-da-Fome, nº 4.003 – Taquara (Jacarepaguá) – RioTelefone: (21) 3347-1786 ou 2332-6608. Como chegar: pelo largo da Taquara, entrar na Estrada do Rio Grande e seguir até o Largo da Capela, onde termina a Rio Grande. Entrar na Estrada do Pau da Fome e seguir em frente uns dez minutos até a entrada da sede. Horário de visitação: terça-feira a domingo, de 8 a 17h

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