CONDOMÍNIOnews | A importância da transparência na gestão condominial
A harmonia nos condomínios deve ser buscada com persistência!
É impressionante o quanto de desconhecimento sobre as contas, processos, recursos operacionais e humanos, ocorre em condomínios!
Chama mais ainda a tenção, se considerarmos um condomínio como uma amostragem de uma população. Quero dizer que nestes grupos sociais se encontram todos os tipos de pessoas de diversos níveis intelectuais, gênero, raça e profissão. E é neste último subgrupo que encontro o exemplo adequado a este artigo.
Nas diversas profissões exercidas pelos condôminos, interessam imediatamente para o assunto os que ocupam cargos de liderança, os executivos e os empresários.
Digo isto porque estes são os que naturalmente estão habituados a cumprirem regulamentos, a prestarem contas e analisarem indicadores de desempenho. Mesmo que esta atividade não seja realizada de forma muito procedimentada. Sem ficar de olho o negócio poderá ir mal.
E é exatamente isto que ocorre em condomínios, a quase totalidade de seus moradores, incluindo profissionais como os destacados acima, simplesmente relaxam e se abstêm de se envolverem com os assuntos “chatos”. Na prática delegam informalmente suas responsabilidades e direito de fiscalização, para aquele que formalmente já recebeu a delegação do direito do gerenciamento dos assuntos do condomínio. O Síndico!
Para piorar esta situação cito o fato que muitos Síndicos não preparam as reuniões de forma estruturada. Não planejam os assuntos a serem discutidos e tão pouco estimam tempos limites para o debate sobre os itens, o que leva a reuniões confusas, extensas e nada produtivas. Ao final assim como num ringue de MMA uma das partes perde por nok-out ou por pontos. E quase sempre o vencedor é o Síndico. Que aliás quase sempre não tem opositor!
E que no final das contas, é o único que detém conhecimento total sobre tudo que se passa no condomínio!
Fácil entender agora porque a maioria das reuniões em condomínios são tumultuadas e quase sempre realizadas em clima tenso com discursões acaloradas, que inclusive podem acabar em brigas.
E também explica os elevados índices de abstenções!
A falta de transparência é sempre um fator negativo na tomada de decisão e/ou interpretação correta dos fatos. Além de ser um instrumento perigosíssimo nas mãos de pessoas mal-intencionadas.
A melhor forma de se contribuir para uma gestão saudável é se iterando dos problemas do condomínio, todos têm problemas inclusive os condomínios novos, e isto deve ser feito inicialmente conhecendo a sua CONVENÇÃO!
Realmente este documento não é os dos melhores para se ler, nele existem muitos detalhes técnicos que dizem respeito a estrutura do condomínio, muitas “regrinhas” sobre rateios de contas, muitos procedimentos detalhados, em fim é um “saco”. Mas trata-se da descrição formal da personalidade do condomínio, onde cada condômino tem uma fração de direitos e responsabilidades!
Pelo exposto está explicito que tanto o Síndico quanto os condôminos têm culpa na falta de transparência. E falta de transparência é um dos fatores responsáveis pelos passivos em condomínios.
Morador ou contratado é cada vez mais necessário que a pessoa que se disponha a gerenciar o condomínio esteja tecnicamente preparada e faça uso extensivo de governança, buscando dar o máximo de transparência aos seus processos de gestão.
E num nível mais complexo, também é necessário que as pessoas que optam por morar em condomínios adquiram uma postura diferenciada como condôminos participantes!
Grande abraço!
Gilberto L Ferreira faz Assessoria, Gestão e Tecnologia para Condomínios.
Dúvidas e sugestões estou à disposição:
e-mails: srsindicoprof@gmail.com; gilberto@tecninfo.com.br
Facebook: @srsindicoprof; @ceftecninfo