PEDIATRAnews | Como se proteger contra a febre amarela
Na última semana, conversamos sobre a febre amarela, seus sintomas e suas complicações. Hoje, vamos falar sobre as medidas de proteção contra a doença. A mais importante medida para evitar que você e seus filhos contraiam a febre amarela é a vacinação. É claro que o controle dos criadouros do mosquito também é essencial, mas com a vacinação você fica protegido onde quer que esteja: na sua casa, na casa de seus familiares e amigos, em uma viagem nacional ou internacional...
Outro benefício da vacinação é a redução ou mesmo impedimento da circulação do vírus entre os seres humanos; dessa forma, a proteção fica expandida para outras pessoas que apresentem contra indicações para a vacinação: se o vírus não circula, a doença não circula.
E quais são as contra indicações da vacina contra a febre amarela? Como já divulgado em muitos meios de comunicação, as contra indicações clássicas incluem: menores de 6 meses de idade, doença febril aguda, reações anafilática (alergia grave e imediata) a ovo de galinha e gelatina, pessoas com doença de baixa imunidade (imunodeficiência) ou com uso de medicamentos imunossupressores ou tratamentos para câncer (quimioterapia ou radioterapia).
Outras situações clínicas devem ser avaliadas por um profissional de saúde para decidir sobre os riscos e benefícios potenciais da vacina: gestantes, portadores de doenças autoimunes, pessoas com histórico de doença do timo (timoma, miastenia gravis etc), idosos (acima de 60 anos de idade), crianças entre 6 e 9 meses de idade, mulheres que estão amamentando bebês menores que 9 meses de idade (nesses casos, a amamentação pode ser suspensa por 10 dias).
Na dúvida, sempre procure seu médico e pediatra para avaliação do risco benefício da vacinação. Mas de uma forma geral, podemos dizer que pessoas que não se enquadram nas situações acima podem ser vacinadas com mínimo risco de efeitos colaterais.
E quais são os efeitos colaterais da vacina da febre amarela? Na grande maioria das vezes, os efeitos são leves e incluem febre, dor de cabeça e dor muscular. Efeitos colaterais graves são muito raros e podem incluir reações no sistema nervoso central (encefalite) e comprometimento de outros órgãos.
A vacinação está sendo realizada na forma fracionada para pessoas acima de 2 anos e abaixo de 60 anos. Crianças entre 9 meses e 2 anos de idade, além de idosos, fazem a dose completa da vacina.
Outras medidas relevantes para a proteção contra a febre amarela são: • eliminar criadouros de mosquitos, principalmente do Aedes aegypti; • Usar repelentes apropriados: Os repelentes não são indicados para menores de 6 meses; entre 6 meses e 2 anos, deve ser utilizado um repelente que seja indicado para essa faixa etária. Não utilizar o repelente em face e mãos das crianças, pelo risco de intoxicação (podem engolir a substância). Idealmente, devem ser utilizados no máximo de 1 a 2 vezes no dia, portanto, escolha bem o momento de utilização do repelente. • Proteções mecânicas como roupas longas (casacos e calças), principalmente durante ida a regiões de mata.
Não deixe proteger você e aqueles que você ama!
Para maiores informações, acesso o site da Fiocruz que apresenta várias respostas sobre a febre amarela e sua vacina: https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/febre-amarela-perguntas-e-respostas.
Até a próxima semana!
Dra. Dolores Silva fez residência em pediatria pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ), Médica do Ministério da Educação (CEFET-RJ) e Médica pediatra (Unidade de internação e UTI pediátrica) do Hospital Caxias D´or. Contato:99530-1763 (marcação de consultas) Email: dolores-silva@cefet-rj.br
Referências bibliográficas: https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-contribui-para-imunizacao-contra-febre-amarela https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/febre-amarela-perguntas-e-respostas http://www.cva.ufrj.br/informacao/vacinas/fam-v.html Imagem retirada de https://www.vacaria.rs.gov.br/noticia/vigilancia-em-saude-reitera-informacoes-sobre-febre-amarela