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Renata Cyríaco - Gestora Escolar

EDUCAÇÃOnews | Falta de empatia na infância


A criança ao ser chamada atenção sobre alguma grosseria que tenha feito com alguém, normalmente diz: “ mas ele disse que não ficou chateado”. Essa criança que fez a grosseria perde a capacidade de perceber que o colega não revelou o real sentimento por outras razões, talvez por receio de novamente receber outra grosseria. Essa incapacidade de perceber os sentimentos do outro é um grande déficit de inteligência emocional, é uma falha no que significa ser um ser humano.

Todo relacionamento vem da sintonia emocional, da capacidade de empatia.

A chave para intuir os sentimentos dos outros está na capacidade de interpretar canais nãverbais, como: gestos, tom da voz, expressão facial, diz Goleman.

As origens da empatia podem ser localizadas na infância, desde o dia em que nascem, ficando perturbados com o choro de outro bebê. Com um ano mais ou menos, começam a compreender que o sofrimento não é deles e sim do outro, embora ainda fiquem um pouco confusos, sem saber o que fazer.

A melhor forma de preparar crianças empáticas é os adultos serem empáticos com elas, sendocapazes de perceber o que elas sentem. Apenas demonstrar que sabe o que a criança fez, e não como ela se sentiu não demonstra empatia. Precisamos reproduzir os sentimentos íntimos dessa criança, seja por meio de expressões fisionômicas ou falas expressas.

Há casos de pais que não estão em sintonia com seus filhos e isso é totalmente perturbador. Os custos emocionais pela falta de sintonização na infância podem ser grandes, e não só para as crianças.

Sentir com o outro é envolver-se. • Participe de campanhas solidárias a instituições como orfanatos e depois converse sobre o que a criança percebeu;

Um aspecto muito importante sobre a empatia, é que o “cérebro do andar de cima” (falarei sobre isso em outro texto), só é totalmente formado após os 20 anos de idade (estudos feitos na neurociência), cérebro esse que é responsável pela EMPATIA, autocontrole, controle sobre emoções e o corpo, tomada de decisões e planejamentos.

Daniel Goleman diz: “ Essa capacidade – a capacidade de saber como o outro se sente – entra em jogo numa vasta gama de áreas da vida, desde vendas e administração até namoro, paternidade, piedade e ação política. A ausência de empatia é também reveladora. Vê-se a sua falta em criminosos psicopatas, estupradores e molestadores de crianças. As emoções das pessoas raramente são postas em palavras; com muito mais frequência, são expostas em outros indícios. A chave para intuir os sentimentos dos outros está na capacidade de interpretar canais não verbais: tom de voz, gestos e expressões faciais”

Renata Cyríaco é Professora, Fisioterapeuta, Gestora escolar, Especializada em educação especial e inclusiva, pós – graduanda em Psicopedagogia institucional e clínica e Coach Infantil. Contato: (21) 98052.0800 E-mail: recyriaco@gmail.com

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