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Leandro Borges - Fisioterapeuta

FISIOnews | Neuropatia periférica: conheça melhor esta condição


O sistema nervoso periférico é composto por todos os nervos que estão fora do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), e o cérebro se comunica com o organismo através de 31 pares de nervos espinhais que saem da medula espinhal.

• Oito pares de nervos cervicais, • Doze pares de nervos dorsais, • Cinco pares de nervos lombares, • Cinco pares de nervos sacrais, • Um par de nervo coccígeo.

A neuropatia periférica é uma condição que afeta os nervos periféricos, responsáveis por encaminhar informações do cérebro e da medula espinhal para o restante do corpo. Ela pode causar danos permanentes aos nervos, sendo muitas vezes um problema incapacitante e até mesmo fatal.

A neuropatia periférica pode envolver lesões em um único nervo, (mononeuropatia) ou em um grupo de nervos (polineuropatia). A estimulação nervosa que se encontra prejudicada, para um grupo muscular resulta em redução de movimentos ou do controle. A perda da função nervosa gera alterações estruturais nos músculos, nos ossos e na pele.

Esse distúrbio pode ser agudo e aparecer sem sintoma algum ou pode ser crônico e ir evoluindo com o passar do tempo.

As lesões dos nervos periféricos podem ter diferentes causas, são elas:

• Alcoolismo, • Doenças autoimunes, • Diabetes, • Exposição a venenos, • Quimioterapia, • Infecções, • Doenças hereditárias, • Trauma ou pressão sobre o nervo, • Tumores, • Deficiências da vitamina B, • Outras doenças.

Doença renal, doença hepática, doenças do tecido conjuntivo, hipotireoidismo e amiloidose também podem causar neuropatia periférica.

A neuropatia periférica crônica associada ao diabetes mellitus consiste em um processo patológico insidioso e progressivo. O agente causal, ou seja, que inicia o processo fisiopatológico, pode levar à ulceração e à amputação.

Quando o dano ocorre em vários nervos, é geralmente o diabetes que está por trás. Pelo menos metade das pessoas com essa condição desenvolve algum tipo de neuropatia, já que existem diversas formas de neuropatia causada por diabetes.

Os sinais e sintomas da neuropatia periférica dependem principalmente do nervo que foi lesado. Os sintomas também dependem se a lesão afeta apenas um nervo, vários nervos ou o corpo todo.

A neuropatia usualmente começa com uma sensação de queimação ou formigamento nas extremidades do corpo, como dedos das mãos e dos pés. Alguns pacientes relataram perda de sensibilidade nas pontas dos dedos, após serem submetidos a um teste no qual utilizavam meias finas nos pés ou luvas nas mãos. Pode haver a perda da sensação das pernas e dos braços. Por isso, uma pessoa com esse problema talvez não perceba se pisar em algo pontiagudo e talvez não consiga sentir a diferença entre superfícies frias ou quentes.

Os danos causados aos nervos podem dificultar o controle dos músculos e causar fraqueza, além de problemas para mover uma parte do corpo. Tarefas simples, como abotoar uma camisa, podem se tornar mais difíceis por causa da neuropatia periférica. É possível que a pessoa note, também, contrações ou cãibras em seus músculos.

Dicas dentro de casa:

É muito importante a segurança dentro de casa para as pessoas com neuropatia, pois ela pode aumentar o risco de quedas e outras lesões. Remova os fios soltos e tapetes dos lugares por onde você caminha, conserte pisos irregulares nas portas. Garanta uma boa iluminação dos ambientes, instale corrimãos na banheira ou chuveiro e próximo ao vaso sanitário e procure colocar um tapete antiderrapante no box do chuveiro. Use calçados para proteger seus pés de lesões, e verifique sempre antes de calçar se existe algo dentro dos tênis e sapatos que possam machucar os seus pés. Repare todos os dias, os lados, a sola, o calcanhar e entre os dedos para verificar se há presença de feridas. Evite, também, pressionar as áreas com lesão dos nervos por muito tempo.

A ausência de sensibilidade em regiões inferiores do corpo, como pernas, pés e dedos dos pés pode causar infecções, especialmente em pessoas com diabetes.

Diagnóstico de Neuropatia periférica

Um exame do cérebro e do sistema nervoso (chamando de exame neurológico) pode revelar problemas com o movimento, a sensibilidade ou o funcionamento dos órgãos.

Os exames de sangue podem ser feitos para detectar doenças como diabetes, deficiências vitamínicas, problemas na tireóide ou outras doenças. Mas outros exames são escolhidos pelos médicos para encontrar e classificar exatamente a neuropatia apresentada pelo paciente. Estes são:

• Biópsia do nervo: retirada de uma pequena mostra do nervo para observá-la por meio do microscópio. • Eletroneuromiografia: um registro da atividade elétrica nos músculos. • Testes de velocidade da condução nervosa (VCN): registro da velocidade na qual os sinais se deslocam ao longo dos nervos.

O resultado do tratamento depende da causa da lesão do nervo. Quando a doença é detectada e tratada, o prognóstico costuma ser bom. Em neuropatias graves, a lesão nervosa pode ser permanente, mesmo que a causa seja tratada.

As pessoas com dormência nos pés podem ter feridas na pele que não cicatrizam. Elas também correm o risco de deformidades na articulação.

Na maior parte das neuropatias hereditárias, não há cura. Alguns desses problemas não interferem na vida diária, outros pioram muito rapidamente e podem levar a sintomas e problemas graves e de longo prazo.

O tratamento envolve seções de fisioterapia para retomar a força e o controle muscular, pois a falta de controle muscular aumenta o risco de quedas ou outras lesões. Já o equilíbrio , aumenta do desempenho das habilidades do dia a dia. Com isso a fisioterapia consegue melhorar a qualidade de vida da pessoa, e contribui na recuperação e prevenção das alterações sensoriais e motoras em pacientes com neuropatia.

O movimento do tornozelo é muito importante por causa da ação do bombeamento dos músculos sobre os vasos e o movimento ativo das articulações, que estira e comprime os vasos, mantendo assim uma circulação adequada. Caso o paciente não consiga realizar sozinho, o fisioterapeuta poderá fazer passivamente.

O alongamento favorece o fluxo sanguíneo com o aumento do comprimento do músculo ao repouso e o relaxamento reduzindo a hiperalgesia induzida pela contração muscular.

A mobilização do sistema nervoso periférico associada às manobras articulares influencia os trajetos dos nervos nas áreas de possível compressão, e contribui para redução de quadros álgicos.

Treino de marcha, que é reaprender a andar, ajuda a prevenir e a estabilizar as complicações do pé, tais como úlceras. O treino de marcha também é essencial para melhorar o desenvolvimento de indivíduos que perderam membros devido a neuropatia diabética e estão utilizando próteses.

Para se obter um tratamento satisfatório depende de uma boa avaliação do paciente. Através da avaliação elabora-se um plano de tratamento adequado e individualizado ao paciente, de acordo com a funcionalidade e as dificuldades que este apresentar, objetivando minimizar as dificuldades e aumentar sua funcionalidade.

Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates, Pós-graduado em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais.

Contato: 99550-9212 ( whatsapp )

Email: leandrorjfisio@hotmail.com

Blog do Facebook: Fisiot. Leandro Borges

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