COMBATEnews | Artes Marciais e projetos sociais uma fórmula campeã
Rafaela Silva, Judô; Alex Cobra, Muay Thai e Roberto Custódio, Boxe.
Atletas de alto rendimento todos com carreiras esportivas consolidadas e títulos, brasileiros, pan-americanos, olímpicos e até mundiais, modalidades diferentes, mas há algo muito especial em comum entre eles. Todos iniciaram no esporte através de projetos sociais e felizmente, histórias como essas vêm se repetindo, existem muitos outros revelados e ainda muitos a serem revelados.
É fato que as histórias de vidas de cada um deles poderiam ser assunto para um artigo inteiro para coluna, tenho certeza que algumas pintarão por aqui. Porém essa semana nós vamos abordar a força, relevância e desafio dos projetos sociais que usam a luta como ferramenta para transformação de vidas.
Cerca de 30% das escolas públicas do Brasil não possuem espaços adequados para a prática de esportes e nas periferias, um jovem tem chances sete vezes menores de ingressar numa atividade esportiva. Segundo números informados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Apesar dos desafios muitas equipes, academias, federações e demais entidades das lutas tem se empenhado, buscado soluções para diminuição das desigualdades no acesso ao esporte.
Uma característica muito importante sobre a implantação desses projetos e a contribuição na formação e cidadania de crianças, adolescentes e jovens alcançados pelas atividades. Os alunos apresentam melhoras significativas no desempenho escolar, mudança no comportamento social, desenvolvimento da saúde física e mental.
Não é todo o aluno que se torna atleta de alto rendimento, campeão em sua modalidade, professor ou mestre, conseguirá viver exclusivamente para o esporte, mas a força transformadora da luta tem nos mostrado que todo o aluno que quiser, poderá se tornar campeão na vida.
Há um sentimento de felicidade entre muitos dos profissionais das lutas envolvidos nos projetos, por saberem que um bom caminho está sendo trilhado, contudo, existe também um pouco de frustração ao constatar que havendo mais mobilização, muito mais poderia ser feito.
A quantidade de dificuldades e problemas quando se inicia um trabalho social com luta são muitas, falta de apoio, falta de incentivo, dificuldade de se conseguir espaços para as atividades, falta de patrocínio, contudo, devido o esforço a coragem e a dedicação daqueles que decidem na maioria das vezes de forma voluntária, dedicar seus talentos adquiridos na luta e nas atividades complementares, o exército de lutadores e lutadoras de projetos sociais só tem crescido, são milhares e milhares de vidas alcançadas.
Em breve vamos escrever aqui, sobre muitos projetos que estão sendo diferencial na revelação de atletas e na transformação de vidas e terminamos a coluna dessa semana fazendo um convite para quem se interessou pelo tema, na maioria das vezes pequenas atitudes fazem toda a diferença, provavelmente funciona um projeto de lutas próximo a você ou podemos lhe apresentar um, e o convite é: Faça uma visita, conheça melhor, talvez, seja parte dessa história.
Oss!
Leandro Farias é administrador na Academia Betânia de Artes Marciais – Projeto Sobral, Praticante de Jiu-Jitsu e Capoeira, Empreendedor Social, Profissional na Gestão de Pessoas e Iniciou essa jornada movido pela paixão pelas artes marciais e pela gratificação em pesquisar e aprender.
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