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Leandro Borges - Fisioterapeuta

FISIOnews | Pilates aplicado na Lombalgia Crônica


A lombalgia pode ser definida como uma dor na região lombar, sendo classificadas quanto a duração em agudas e crônicas. Agudas quando apresentam duração de quatro a seis semanas e crônicas quando a duração é maior do que 12 semanas. Estima-se que 90% da população na idade adulta será acometida, em algum momento de sua vidas. Um por cento dos pacientes com lombalgia aguda tem dor ciática, que é definida como dor irradiada para o território de uma raiz nervosa lombar, frequentemente acompanhada de sintomas como dificuldade para andar e formigamento.

Os sintomas comuns da lombalgia são citados como uma dor lombar, que corresponde à região mais inferior da coluna vertebral, pouco acima das nádegas, na altura da cintura. Geralmente começa discretamente , com intensidade aumentando progressivamente e agravando com a mobilidade da região.

As causas são:

Postura inadequada, Falta de flexibilidade, Sedentarismo, Obesidade, Gravidez, Desequilíbrio musculares, Alterações biomecânicas, Hérnia de disco, Espondilolistese (escorregamento da vértebra), Fraturas vertebrais, Processos tumorais, Estenose do canal raquidiano, Osteoatrose, Osteofitose (bico de papagaio), Osteoporose, Doenças inflamatórias, Fatores emocionais, Outros.

Nosso próprio processo de envelhecimento nos deixa vulnerável. O primeiro ataque de dor lombar ocorre normalmente entre os 30 e 50 anos, tornando mais comum com o avançar da idade. As pessoas envelhecem, a perda de força dos ossos causada pela osteoporose pode levar a fraturas, ao mesmo tempo, diminuem a elasticidade e o tônus muscular. Os discos intervertebrais perdem líquido e flexibilidade com a idade (degeneração discal), o que diminui sua capacidade de amortecer as vértebras.

Nós devemos saber distinguir as características da dor, principalmente se ela é aguda ou crônica. A dor aguda é proveniente de um episódio recente,e o paciente lembra o acontecimento e a sequência dos fatos. Já a dor crônica além de se manter por mais de três meses, normalmente ela é recorrente.

Passada a fase aguda, sugere-se reforço muscular orientado, com o objetivo de prevenir o avanço da degeneração discal e dividir a carga vertebral com a musculatura adjacente. É nesse caso que o Método Pilates pode ser utilizado como ferramenta no tratamento da dor e das fraquezas que causam a lombalgia.

O método foi criado pelo alemão Joseph Pilates, que era um alemão que teve interesse muito cedo por atividades físicas, devido ter sofrido com algumas doenças como: asma, raquitismo e febre reumática. Mas, foi num campo de concentração em Lancaster em 1914, que a técnica começa dar seus primeiros passos. Ele utilizava as molas dos colchões para trabalhar resistência muscular, daí vem à origem das molas dos aparelhos de pilates. Mais tarde Joseph vai pra Nova York e aprimora a técnica que hoje chamamos de Pilates, trabalhando a reabilitação e condicionamento físico dos bailarinos do New York City Ballet de maneira inovadora e eficaz. A partir daí ele desenvolveu os primeiros aparelhos e a fundamentação dessa técnica que hoje abrange o mundo todo.

Os princípios do método Pilates enfatizam muito o controle da mente sobre o corpo, bem como a suavidade, precisão e harmonia com que os movimentos devem ser realizados. São eles: respiração, centro (conhecido como “Power House”), concentração, controle, precisão e a fluidez dos movimentos.

O Pilates trabalha no controle dos músculos profundos do tronco, em especial os multífidos lombares, transverso do abdômen e o assoalho pélvico, este último conjunto, os músculos e ligamentos fazem a sustentação dos órgãos pélvicos como bexiga, útero, reto e intestino.

Musculatura abdominal e lombar enfraquecidas podem não suportar corretamente a coluna vertebral.

Restabelecendo o equilíbrio da coluna em relação ao seu centro de massa e criando uma base de músculos fortes, protegerão à coluna durante as atividades laborais.

O aluno de pilates também ganha com a melhora da postura, contribuindo então com o fim da dor não só lombar, mas de toda a coluna vertebral. Tem papel fundamental na prevenção da dor lombar através de exercícios que são executados por movimentos funcionais, aliviando assim tensões e dores, melhorando a postura, consciência corporal, flexibilidade, força e estabilização do centro (região lombo pélvica) e o aprimoramento do equilíbrio e propriocepção.

Os benefícios são:

Devemos sempre realizar uma avaliação postural detalhada e desenvolver um plano de tratamento eficaz.

Sendo assim, posso dizer que a prática do Pilates é um grande aliado no tratamento da lombalgia crônica beneficiando o praticante do Método não só para a reabilitação da mesma, mas também para a boa qualidade de vida.

Leandro Borges é Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates, Pós-graduado em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapias Manuais. Contato: 99550-9212 ( whatsapp ) Email: leandrorjfisio@hotmail.com Blog do Facebook: Fisiot. Leandro Borges

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