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Saulo Souza - Jornalista

POLÍTICAnews | Nada Mudará no Rio em 2018... Apenas a sociedade poderá mudar


O primeiro passo para entender os prognósticos mais pessimistas para o Rio de Janeiro em 2018, deve vislumbrar a seguinte lógica: o estado não tem dinheiro em caixa; a interdependência dos poderes estadual e municipal com o governo federal nas áreas de saúde, educação e segurança minou a possibilidade de uma tentativa autônoma de salvar o Rio de Janeiro da sucumbência, em virtude da falência do Poder Executivo Federal e a crise do judiciário. Não há verba suficiente para reparar os estragos que políticos corruptos impuseram aos cofres públicos em todos os níveis, e isso provoca o estrago em cadeia, dada a centralização crescente do poder republicano durante o curto período de redemocratização.

Esse modelo político centralizador, embrião de todas as mazelas e distorções que destruíram a prática de bem governar, que deveria objetivar o bem comum, não dá sinais de que esteja descartado. Nenhum projeto de reforma política toca profundo na função imoral dos muitos partidos que existem na República Brasileira. A divisão do Poder Legislativo e Executivo, em partidos, só alimenta a esfomeada corrupção institucionalizada, para que sejam aprovados projetos necessários ao bem do país. Quando não por dinheiro, os cargos nominados pelo executivo viram moeda de troca. A safra de políticos brasileiros, cultivados pelo tempo na cultura da corrupção, não teve renovação. Em vez de formar bons políticos, educados em boa “escola moral”, nos acostumamos com a ideia de que o paternalismo não tem preço, e que o bom político é aquele que promete migalhas aos indivíduos, mas não sabe o que é projeto de nação. Nunca devem ter lido um livro sequer de John Rawls, Stuart Mill, Thomas Robbes, John Loke, Voltaire, Spinoza e o Contrato Social, de Russeau. Para falar o básico.

O modelo centralizador da governança brasileira, acentuada durante os mandatos de Lula e Dilma, com domínio de um partido, o PT, cujo maior expoente é um personalista nos moldes de Chaves, Fidel e Hitler, abraçou o Brasil e espalhou o veneno para toda a federação. O Rio de Janeiro está em estado de falência. O Brasil está falido economicamente. Tudo que o Rio de Janeiro dependeu de verbas federais como SUS, Bolsa Família, que compreende verbas para merenda escolar, apoio à Segurança Pública, está em completo abandono. Não poderia ser pior esse cenário do ponto de vida da administração pública. Ainda se tenta convencer à população brasileira que a saída está na reforma da previdência que está sendo negociada, Deus sabe como, para aprovação em 2018. É evidente que os políticos que permanecem teimosos em suas funções mercenárias, não têm qualquer interesse em uma reforma política que compreenda mudar a estrutura partidária. Talvez, essa seja a maior urgência para devolver a esperança ao povo brasileiro.

Como os fatos não apontam para a renovação do quadro político, tanto em recursos humanos, quanto em projetos mais ousados, a população brasileira poderia tomar para si, de maneira organizada, a tarefa de renovação dos agentes políticos. Isso traria um novo cenário para cada estado brasileiro, contribuiria para a descentralização do poder em todas as esferas e uniria forças na reconstrução dos serviços fundamentais de uma sociedade que pretende ser democrática. O Brasil ainda está dividido em falsas ideologias doutrinárias, quando o bem comum precisa de ser tratado como um objetivo a ser alcançado por todos, urgentemente, pelo esforço da sociedade. O melhor partido nesse momento é o “Bem Comum”, a reconstrução dos serviços básicos do Rio de Janeiro e uma ampla reforma na educação. Se o Estado não pode e não quer, não há obstáculos para uma sociedade inteira que pensa em acabar com o sofrimento do povo fluminense.

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