POLÍTICAnews | Resumo do conflito: Israel x Palestina e Estados Unidos
O Reconhecimento de Jerusalém como Capital oficial de Israel feito pelos Estados Unidos, quarta feira, 06, desencadeou uma onda de violência no Sul de Israel, Gaza, Cisjordânia (onde há grande número de refugiados palestinos) e movimentos de protestos pelo mundo.
O ato político do Presidente americano foi a reativação de uma bomba de poderes catastróficos, cujos efeitos podem se espalhar pelo mundo de maneira avassaladora. Mas por quê o interesse de Trump em mexer nesse vespeiro? Para resumir, a história começa com os benefícios políticos arrancados pelos Estados Unidos que saíram, injustamente, como o “salvadores da humanidade” ao fim da Segunda Guerra. Todos os livros de história, revistas e filmes hollywoodianos fazem essa menção à participação americana na guerra. Os judeus, humilhados e vitimizados pelo exército de Hitler, tiraram dividendo políticos, e cultivaram uma memória piegas do holocausto, suscitando na humanidade um sentimento de piedade que justificaria todas as ações em próprio benefício, inclusive, justificando todos os meios.
Em 1944, ao fim da Segunda Guerra, na cidade de Bretton Woods, uma reunião de cúpula de todos os aliados do eixo ocidental decidiu mudar o padrão monetário internacional do ouro para o dólar, a moeda americana. Ou seja, a emissão de moeda estaria atrelada a uma taxa relacionada ao dólar, como lastro de todas as moedas nacionais. O dólar também seria usado como moeda oficial em todas as transações comerciais internacionais. Muito poder para a economia americana. Em 1972, o ouro foi totalmente desatrelado ao dólar, e apenas a moeda americana passou a ser referência e lastro para todas as outras, como é até hoje, embora o Euro tenha adquirido direito nas emissões de faturas para transações comerciais.
Em 1947, Os judeus reivindicam um território para instalar o Estado Judeu de Isarel. Esse movimento ficou conhecido como “sionista”. Todos os discursos ou argumentos que contrariassem a reivindicação dos judeus passaram a ser percebidos como discriminação ao povo judeu, ou antissemitismo. Após duas sessões polêmicas presididas pelo representante brasileiro, Graça Aranha, na recém criada ONU, que fez uma manobra na primeira sessão ao perceber que a reivindicação não seria aprovada, e adiou para o dia seguinte, a próxima sessão, para que houvesse tempo de reverter aquele possível resultado desfavorável aos sionistas. Pois, na sessão seguinte da ONU, criação do Estado de Israel foi aprovada com uma diferença mínima de votos.(veja ilustração da partilha que foi aprovada e compare com o que é hoje).
O território cedido ao povo judeu foi uma parte fértil ao norte da Palestina, próximo à Península do Sinai. Os árabes que habitavam essas terras foram retirados dessas terras, e aqueles que resistiram, foram arrancados sem os seus pertences. Com o passar to tempo, com muitas guerras, Israel estendeu seu território até Jerusalém, encurralando os palestinos numa peque porção de terra chamada Gaza (Ghaza). Hoje, Jerusalém abriga judeus, árabes cristãos e muçulmanos, em virtude da importância religiosa para as três religiões, mas controlada pelo governo israelense.
Os palestinos de Gaza e os que estão refugiados na Cisjordânia, e muçulmanos em todo mundo, reivindicam a parte sul de Jerusalém como capital. Já Israel luta pela oficialização da anexação de Jerusalém ao Estado de Israel e torná-la capital oficial do Estado judeu. Até hoje, nenhuma nação da ONU reconheceu Jerusalém como território Israelense, Mas Donald Trump deu o primeiro passo sobre a mina pronta a explodir. A comunidade internacional reprovou a atitude dos Estados Unidos e muitos protestos eclodiram mundo afora. Um terço do parlamento americano é judeu, os sionistas também são grandes patrocinadores de campanhas e envolvidos com holdings importantes na economia do Tio Sam. Talvez, essa atitude já estivesse comprometida com a campanha de Trump. Aguardar pra ver no que vai dar.