HAIRnews | Formol, o vilão!
Pessoal, hoje iremos falar sobre uma das químicas mais proibida se usadas nos salões de beleza, “o formol”. O emprego dessa substância como alisante é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segundo o órgão, o componente só é permitido como conservante adicionado durante o processo de fabricação nas indústrias, com concentração máxima de 0,2%. Por isso, toda atenção é pouca: para ter efeito alisante, é utilizado em doses elevadas, acarretando sérios danos à saúde de quem o prepara, aplica e recebe.
GENTE, FORMOL CONSERVA CADAVER, NÃO CABELO! Então, já sabe: nenhum alisante do mercado, que tenha como base esse ativo, recebe o registro do órgão. Sendo assim, sua composição não foi avaliada e aprovada e o produto é ilegal. Tem mais: o formol é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Quando absorvido pelo organismo por inalação ou exposição prolongada, apresenta risco de câncer na boca, nas narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça”. “Muitas mortes já ocorreram pelo efeito tóxico agudo. E, apesar da proibição, ele continua sendo utilizado de maneira disfarçada em produtos ou nas escovas progressivas”
Para saber se um alisante tem ou não formol, basta cheirá-lo: o odor é característico. Em contato com a pele, causa vermelhidão, dor e queimaduras. Nos olhos, a reação é parecida, além de ocorrer lacrimação, visão embaçada e, no caso de altas concentrações, danos irreversíveis. A inalação ainda provoca dor de garganta, tosse, tontura, irritação no nariz e perturbações na respiração, levando a edema pulmonar e pneumonia.
Ação pontual Talvez você esteja se perguntando: mas como as formulações para alisamento conseguem mudar a estrutura do cabelo crespo? A explicação é simples. A forma dos cabelos é dada pelas pontes de hidrogênio e sulfeto. Tais produtos quebram essas pontes, fazendo com que o fio perca sua aparência original. “As pontes de hidrogênio são quebradas mais facilmente por meio do aquecimento. Por isso, quanto você faz uma escova ou usa a chapinha, o fio alisa”.
Outra dúvida comum é a diferença entre alisamento e relaxamento. O primeiro é mais forte e o segundo mais leve, e o que muda durante o processo é a concentração do agente alisante ou o tempo que este permanece em contato com o fio. “Quanto maiores as doses de um ou de outro, mais escorrido será o resultado – e mais chance, também, de danificar o cabelo”. Parte da fibra capilar é destruída para que assuma uma nova conformação. O efeito cáustico atinge as camadas externas e internas do fio.
Todo o cuidado é pouco Mesmo que o alisamento seja feito corretamente, com o produto adequado, é possível que os fios apresentem algum estrago, como desidratação, falta de brilho, quebra… Por isso é sempre recomendável usar cremes, máscaras e silicones reparadores – há linhas especiais para a manutenção de alisamentos. Alguns dermatologista ou especialistas sugerem hidratações e um tratamento à base de queratina (queratinização) a cada 15 ou 20 dias.
Que o formol dos alisamentos é um vilão da saúde e dos fios todo mundo já sabe. Entretanto, pouco se fala sobre os riscos efetivos que a substância pode causar. Conheça melhor cada um deles e proteja-se!
Carol Dib é Hair stylist, visagista e especialista em mechas. Com Cursos extensivos na academia De La Lastra e Pivot Point.