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Ane Louise Michetti - Psicóloga

NAMORALnews: Fim de Semana, dias de Álcool - O que acontece com a cabeça, com o corpo e com a vida


Sexta-feira, final de semana chegando e logo a gente pensa vamos nos divertir, beber a famosa cervejinha para relaxar! Ai a gente lembra de onde começou essa minha famosa cervejinha de fins de semana. Movidos pela nostalgia antecipada, lembramo-nos da adolescência quando o garçom vendia cerveja as 3 ou 4 da tarde e matávamos aula. Os anos eram tão permissivos quanto os atuais. Mas era saudável já ouvi essa frase várias vezes em mesa de bares.

Já escutei vários relatos que o início para muita gente foi assim. Daí para beber com regularidade foi um pulo. O consumo social de álcool faz parte da vida das pessoas.O sujeito toma uma latinha de cerveja à noite, quando chega em casa depois do trabalho. Às vezes duas. Outras vezes, racha uma garrafa de vinho, se houver companhia. Se for ao bar com os amigos assistir a um jogo, bebe mais.

Nos fins de semana, começa a tomar no almoço (quem bebe água durante um churrasco, ou acompanhando a feijoada?), e às vezes continua na festa ou na balada, noite adentro. Os problemas começam a acontecer quando os limites do tolerável são ultrapassados. Não nos devemos esquecer que o álcool é uma droga. Como tal, pode levar à dependência, a doenças graves e fatais, que matam lentamente.

Cada bebida tem caracteristicamente um teor alcóolico maior ou menor. Entende-se por teor alcoólico a porcentagem de álcool medida em 100 ml de uma bebida. Assim, a vodca, por exemplo, é das que mais tem álcool: em torno de 45%; uísque e aguardente tem em torno de 43%; a caipirinha, 20%; o vinho, uma média de 9 a 14% e a cerveja e o chope são os que menos teor tem: em geral menor que 5%. Claro que estes valores são médios e podem variar de acordo com a marca do produto.

O álcool é metabolizado no fígado, que é o “laboratório” do organismo. Para você ter uma ideia, todo o produto de nossa digestão sai do intestino e vai para o fígado que direciona, armazena, ordena e libera os nutrientes quando necessário. Um laboratório em escala industrial, que funciona vinte e quatro horas por dia, sem parar. Enquanto o fígado trabalha, esse álcool em excesso circula e o cérebro é um dos órgãos mais agredidos. O raciocínio fica mais lento. As atitudes se tornam extremas. Perde-se a razão. Faz-se coisas das quais não é possível lembrar depois. E várias delas causam constrangimento, vergonha ou, o que é pior, podem ser fatais para a própria pessoa ou para quem está perto dela. O álcool tem essa capacidade. Ele não estimula apenas a nossa emotividade e a nossa libido. Estimula também a agressividade.

Por isso, o consumo exagerado não é obviamente aconselhável para ninguém. Cada um deve saber qual é quantidade segura de cada bebida que consome. Importante saber que uma pessoa é diferente da outra. Cada organismo é próprio, individual, tem seu DNA único. Cada um deve, portanto, saber de si.

Exames médicos regulares, que mostram se a função hepática está ou não comprometida, são essenciais para todos os que gostam de beber, ainda que socialmente, independentemente da quantidade e da bebida ingerida. Há os que tomam uísque e estão com o fígado em ordem há os que tomam cerveja e necessitam de orientações médicas.

Não há, portanto, uma quantidade “segura”. Cada um é um. Conheça-se, entenda-se melhor e respeite-se. Na Moral se for beber, aprenda primeiro a se conhecer e respeite os seus limites eles farão grande diferença na hora em que estiver bebendo.

Ane Louise Michetti dos Anjos é psicóloga, irremediavelmente apaixonada e ainda aprendiz na arte de ser dona de casa.

Tire suas dúvidas para o e-mail: anelouisepsicologa@gmail.com92 98176-9093

Foto: Thinkstock - Hoje você vai de longneck ou de tacinha?

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