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Cristiane Pontes - Enfermeira

SAÚDEnews: Febre Amarela - Mitos e Verdade. Ajude a divulgar informações corretas


A febre amarela é provocada por um vírus e transmitida por diferentes espécies de mosquitos,que levam o vírus de um hospedeiro para outro, principalmente entre macacos, de macacos para seres humanos, e de pessoa para pessoa.

Transmissão:  Silvestre: Ocorre em florestas tropicais, em macacos que estão infectados por mosquitos silvestres. Em seguida, os macacos infectados transmitem o vírus para outros mosquitos. O homem se infecta acidentalmente ao entrar na mata em que o vírus está circulando é infectado. Os mosquitos infectados então picam humanos que adentram a floresta, resultando em casos de febre amarela, se o indivíduo não for vacinado.  Urbana: Grandes epidemias ocorrem quando pessoas infectadas introduzem o vírus em áreas densamente povoadas, com um elevado número de pessoas não imunizadas e mosquitos Aedes.Nestes casos, os mosquitos transmitem o vírus de pessoa a pessoa.Os humanos suscetíveis, ao frequentarem áreas silvestres, podem ser picados por mosquitos infectados.

Os casos de febre amarela relatados no país, até o momento, são da forma silvestre. O principal fator de risco é a exposição de indivíduos não vacinados a áreas silvestres, rurais ou de mata das áreas endêmicas.

O vírus que causa a febre amarela urbana ou a silvestre é o mesmo, assim os sintomas e a evolução da doença são exatamente os mesmos. A diferença está nos mosquitos transmissores e na forma de contagio.

A febre amarela silvestre é transmitida por mosquitos (Haemagogus e o Sabethes) que vivem nas matas e na beira dos rios. A febre amarela urbana não existe no Brasil há muitos anos e é transmitida quando um mosquito urbano, o Aedes aegypti, pica uma pessoa doente e depois pica outra pessoa susceptível, transmitindo a doença.

As principais medidas de prevenção para humanos, recomendadas pelo Ministério da Saúde, são a vacinação e o controle da proliferação dos mosquitos.

Os sintomas iniciais da febre amarela são como os de uma gripe, com febre, dores pelo corpo, dor de cabeça, mal-estar, enjoo e vômitos. Surgem icterícia (os olhos e a pele das pessoas ficam amarelados), hemorragias (sangramentos no nariz e gengivas) e pode ocorrer o funcionamento inadequado de órgãos como fígado e rins, podendo levar o doente a morte. As formas mais graves são raras e a maioria dos pacientes evolui para a cura. Quem teve a doença, fica imunizado para o resto da vida.O tratamento é o sintomático, isto é, alívio dos sintomas. Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou morte de macacos próximo aos lugares que você visitou. Informes-e você tomou a vacina contra a febre amarela e se possível, leve o comprovante de vacinação.

Viajantes para regiões afetadas pelo surto precisam tomar a vacina 10 dias antes da viagem para estarem imunizados.A vacina está disponível nas redes pública e privada. Pessoas com história de reações alérgicas a ovo e gelatina devem informar à equipe de saúde.

Atenção: Somente um médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença. As vacinas contra a febre amarela são seguras e eficazes quando administradas de acordo com as normas estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Indicações: A vacina está indicada para crianças com mais de 9 meses e adultos com menos de 60 anos. Contraindicações: Pessoas com mais de 60 anos que nunca foram vacinadas. Gestantes só devem se vacinar se o risco de adquirir a doença for extremamente elevado. Mulheres que estão amamentando deverão informar a situação antes da vacinação.

Os bebês entre 6 a 9 meses.

Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação nas situações citadas acima.

Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. Os macacos atuam como sentinelas da ocorrência da febre amarela, um alerta para que a população não mate os macacos, principalmente em regiões onde há incidência da febre amarela em humanos. O macaco é importante, pois serve como indicador da presença do vírus em determinada região. É importante a manutenção de animais sadios e dentro do seu ambiente natural, porque a detecção da morte de um macaco, que potencialmente está doente de Febre Amarela, leva as autoridades sanitárias a adotar medidas de controle para evitar a doença em seres humanos. Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação.Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo. A febre amarela, não é contagiosa, isto é, os macacos não transmitem diretamente essa doença, assim como ela não é transmitida diretamente de um humano.Macacos já foram mortos por medo da população humana em relação à transmissão do vírus. Se um cidadão estiver em uma atividade de lazer ou trabalho na mata, e encontrar um macaco morto, deveráentrar em contato o mais rápido possível, com o serviço de saúde. Ligue 136.

ALERTA: Se você encontrar um macaco morto ou aparentemente doente, não toque nele!Risco de contaminação por outras doenças (não pelo vírus da febre amarela)!

Ao encontrar macacos vivos, sadios e em vida livre: * Não capturar; * Não alimentar; * Não retirar do seu hábitat; * Não levar para outras áreas; * Não agredir e muito menos matar.

Ao presenciar ou saber de agressões e matanças de macacos você deve denunciar às autoridades de meio ambiente (Secretarias Municipais e Estaduais, Ibama, Polícia Ambiental/Florestal), pois isto constitui crime ambiental e prejudica o trabalho de vigilância sanitária, inclusive para prevenir o agravamento dos surtos de febre amarela.

Denuncie a matança ou maus tratos de macacos, pela Linha Verde do Ibama (0800 61 8080). Você pode encaminhar fotos e/ou vídeos que auxiliem na identificação do crime e de quem o cometeu, através do e-mail: linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Cristiane Pontes é Enfermeira, Professora, Socorrista e Especialista em Saúde Coletiva pela EEAN/UFRJ.Facebook: Cris PontesEmail para dúvidas, críticas e sugestões: crismp.enf@hotmail.com

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